Blog: O Cinema de Billy Wilder – A Valsa do Imperador
Billy Wilder teve um início de carreira meteórico com “A Incrível Suzana” (1942), “Pacto de Sangue” (1944) e “Farrapo Humano” (1945) – no meio desses, há o esquecido “Cinco Covas no Egito” (1943), segundo longa do diretor –, e chegou para dirigir “A Valsa do Imperador” com a moral lá em cima. O elenco estelar, com Bing Crosby e Joan Fontaine, também ajudava a colocar a expectativa no alto, mas fato é que mais de 70 anos desde seu lançamento, “A Valsa do Imperador” assume o posto de ser um dos filmes menos comentados e prestigiados do cineasta – como comparação, é o filme que tem a menor avaliação entre os 25 dirigidos pelo cineasta no site Letterboxd, além de ser o menos popular em quantidade de votos. Em contrapartida, apesar do retrospecto pouco favorável, o filme tem seus pontos positivos.
Na virada do século XX, o caixeiro-viajante Virgil Smith viaja para Viena na esperança de vender um gramofone ao imperador Franz Joseph, cuja compra da recente invenção americana poderia aumentar sua popularidade na Áustria. Nisso, o cachorro vira-lata do homem se apaixona pela poodle de uma arrogante condessa, o que resultará num romance socialmente indesejável entre o plebeu e a nobre.
Apesar de ter sido gravado em 1946, logo após “Farrapo Humano”, “A Valsa do Imperador” só foi aos cinemas em abril de 1948. Wilder futuramente viria a dizer que o filme não saiu como ele havia planejado – e boatos apontam que a relação de Crosby com a equipe não era das melhores, chegando a alterar suas falas, algo que o cineasta repreendia fortemente, uma vez que era conhecido por sua exigência de que os diálogos sejam ditos como estão no roteiro.
Aproveite o lançamento desta rara pérola e aprecie este musical do início da carreira do diretor.
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