Blog: Altman e a Nova Hollywood – Nashville

À época de lançamento de Nashville, em meados dos anos 70, Robert Altman já havia realizado alguns de seus principais filmes, como M*A*S*H (1970), Voar é com os Pássaros (1970), Jogos e Trapaças (1971), Imagens (1972) e O Perigoso Adeus (1973). Naquele período, já era um diretor com nome estabelecido, mas até então não havia realizado nada tão grandioso quanto Nashville. Em poucas palavras, trata-se de um fantástico filme-mosaico que apresenta um microcosmo da sociedade estadunidense da época e que representa à perfeição o espírito inovador da Nova Hollywood.

Tal como faria duas décadas mais tarde em Short Cuts (1993), Nashville vai acompanhar mais de 20 histórias em paralelo. Entre as 24 pessoas “principais”, temos David Arkin, Barbara Baxley, Ned Beatty, Karen Black, Keith Carradine, Shelley Duvall, Jeff Goldblum, Geraldine Chaplin, entre outros.

Na trama, vários personagens ligados ao mundo da música se cruza na cidade de Nashville, capital de Tennessee. Barbara Jean é considerada a rainha do local, mas está à beira de um colapso; um casal mantém um casamento instável e precisa cuidar do filho deficiente; Opal é uma jornalista britânica desconsertada e obcecada por celebridades; Norman é um motorista contratado para dirigir Bill, Mary e Tom durante a estada do trio em Nashville; Connie White é a glamourosa cantora country que rivaliza com Barbara Jean; Barnett é marido e agente de Barbara e está preocupado com a saúde e carreira da esposa […].

Estrutural e narrativamente, “Nashville” é um filme bastante americano, o que pode acabar dispersando alguns espectadores. Ainda assim, apesar de suas duas horas e quarenta de sessão, não deixa de ser um retrato e uma incursão interessantíssima ao universo da música e da política na sociedade americana da década de 70. Aproveite o lançamento desta obra-prima e garanta o seu exemplar em nossa loja virtual.

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Texto por: Pedro Degobbi